O que é um Resistor?
Neste tutorial aprenderemos sobre um dos principais componentes eletrônicos: O Resistor. Esse componente está presente na maioria das placas eletrônicas, então ao compreender a função dele, você será capaz de entender parte do funcionamento dessas placas. Vamos lá?
Resistores
Você já abriu um utensílio eletrônico e ao olhar para a placa se deparou com esses pequenos componentes com listras coloridas? Se sim, você deve ter se perguntado o que eles são e qual é a função deles no circuito.
Esses componentes são os resistores, mas o que eles fazem?
O que é um Resistor?
Um resistor é um limitador de corrente, tudo bem, e o que é a corrente?
A corrente é um fluxo de elétrons que percorre um fio condutor, a unidade de medida é em amperes (A). Imagine que um fio condutor é uma mangueira, os elétrons são como o fluxo de água que circula por essa mangueira, nesse exemplo a resistência é como uma dobra nessa mangueira, atrapalhando o percurso da água, a unidade de medida da resistência é em Ohms (Ω). Além disso, é importante que você saiba o que é a tensão, nesse mesmo exemplo a tensão corresponde a pressão que impulsiona a saída da água pela mangueira, em linguagem técnica: é a diferença de potencial entre os pontos de um circuito, a unidade de medida da tensão é dada em Volts (V).
Como funciona um Resistor?
Para entender como funciona um resistor na teoria, é necessário compreender a Primeira Lei de Ohm. Eu sei que parece assustador, mas você verá que é simples:
Nessas fórmulas eu estou dizendo que quando eu aumento a resistência, eu tenho a diminuição da corrente que percorre o circuito.
Lembra do exemplo da mangueira? Se eu pressiono um ponto da mangueira, eu tenho a diminuição do fluxo de água na saída. Se eu tenho muita água saindo pela mangueira e pressiono uma parte da mangueira com muita força, eu tenho um aumento de pressão de saída da água, essa pressão é a nossa tensão.
Em um circuito teremos variações de componentes resistivos, e todos esses componentes seguem o mesmo princípio, apenas alguns aspectos são diferentes, estes são os componentes resistivos que você encontrará em sua jornada:
Resistor ôhmico/comum:Esse modelo conta com resistência fixa, e o valor é definido pelas faixas coloridas no corpo do componente.
Fotorresistor/ Resistor LDR: componente que varia a sua resistência de acordo com a iluminação, sendo que quanto maior a luminosidade incidente, menor a resistência.
Resistor de alta potência:alta capacidade de dissipação térmica, ou seja, de dissipação de potências.
Trimpot/ Resistor ajustável:O trimpot é um resistor que pode ser ajustado com o auxílio de uma chave de fenda pequena, em muitas placas esses componentes são selados, isso ocorre para que não seja alterada a resistência definida.
Potenciômetro:Os potenciômetros são resistores ajustáveis assim como os trimpots, a diferença está na estrutura deles. No caso do potenciômetro o ajuste é mais simples de ser feito, por isso é frequentemente utilizado em rádios.
Termistor:Um termistor varia a sua resistência de acordo com a variação de temperatura.
Além disso, existe a versão SMD que é do tipo comum, mas apresenta tamanho muito reduzido, normalmente utilizado em placas de pequena escala.
Para conhecermos os resistores, é importante termos em mente que existem resistores com diversos valores de resistência, e que como vimos, quanto maior a resistência, maior será a oposição desse resistor a corrente. Os valores dos resistores normalmente são descritos pelas faixas coloridas em seus corpos, como pode ser visto na tabela abaixo.
A leitura é feita a partir da primeira linha, sendo que a dourada ou a prata sempre serão consideradas as últimas, pois correspondem a tolerância do resistor, a tolerância é a margem de erro.
Como o resistor conta com 4 linhas e não 5, entendemos que duas são referentes a 1ª Faixa e 2ª Faixa, uma corresponde ao multiplicador e outra é a tolerância.
1ª Linha: 1ª Faixa -> Marrom -> 1
2ª Linha: 2ª Faixa -> Azul -> 6
3ª Linha : -
4ª Linha: Multiplicador -> x100Ω
5ª Linha: Tolerância -> ± 5%
Então o valor desse resistor exemplo é 1 6 x 100 = 1600Ω com tolerância de ±5%
Os resistores são produzidos com resistências diferentes, e para isso é utilizado como princípio a Segunda Lei de Ohm, que dirá qual será o comprimento de um fio de determinado material, para que ele tenha a resistência desejada.
Os resistores são internamente compostos desses fios resistivos enrolados, levando em consideração a fórmula acima.
Qual é a função do Resistor?
Como mencionado, a função de um resistor é limitar a corrente de um circuito, e a intenção de fazer isso é para que a fonte de alimentação não queime o componente ligado à ela, se a nossa fonte fornece uma corrente maior do que o nosso equipamento é capaz de tolerar, então ocorre o aquecimento e a queima.
Outra função do resistor é para a conversão de energia elétrica em energia térmica, por barrar a passagem da corrente, a energia elétrica é convertida em energia térmica, pois nenhuma energia é perdida, apenas transformada.
Esse aquecimento pode ser considerado uma desvantagem, no entanto, podemos pensar em muitos eletrodomésticos que trabalham especificamente com o calor.
Exemplo de uso do Resistor
Além do uso como limitador de corrente para a maioria dos circuitos, a resistência também é utilizada para gerar aquecimento, podendo ser utilizada para a produção de ferros de passar roupa, chuveiros, aquecedores elétricos, secadores de cabelo, lâmpadas incandescentes, fornos elétricos, entre outros.
Em um diagrama de circuito, o resistor terá um dos dois símbolos gráficos:
Além disso, eles podem ser conectados em Série, em parelo ou misto (em casos que utilizamos as duas formas de conexão).
Os resistores são considerados em série quando são conectados através de um dos terminais, ou seja, ligados em sequência, isso garante que a corrente será a mesma em todo o circuito e em todos os resistores, com alteração apenas de tensão.
Para cálculo da Resistência Equivalente em um circuito com resistores em série devemos somar a Resistência respectiva de cada um dos resistores da seguinte forma:
Quando a ligação é realizada em paralelo, a tensão será a mesma em cada um dos resistores, no entanto a corrente será dividida entre a linha de cada um deles, sendo relativa a resistência do resistor.
Para cálculo da Resistência equivalente em um circuito de resistores paralelos utilizamos a seguinte fórmula:
Em caso de associações mistas, devemos realizar ambos os procedimentos de cálculo.
Nesse caso, primeiro realizamos o cálculo da associação paralela, com isso podemos substituir a associação por um único resistor equivalente que ficará em série com os outros, dessa forma teríamos:
Conclusão
Nesse tutorial aprendemos o principal sobre os resistores, vimos que são componentes limitadores de corrente, que existem diversos componentes resistivos com resistências alteradas por alguma condição como: incidência de iluminação, variação de temperatura ou outra. Também entendemos que os resistores do tipo ôhmico são demarcados por faixas coloridas que indicam o valor de resistência correspondente e aprendemos a realizar a leitura desses valores. Além disso, compreendemos como ele é produzido e vimos todas as equações para cálculo de um resistor em um circuito do tipo: Série, Paralelo e Misto.
Os resistores são componentes muito importantes no estudo da elétrica e está presente em praticamente todos os eletrônicos.
Eu espero que esse tutorial tenha transmitido para você toda a importância desse componente e os seus principais aspectos.
Para qualquer dúvida deixe nos comentários :)
A embalagem condutora, uma aliada dos produtos eletrónicos
08 mar 2020 23:00 (London Time)
A embalagem condutora, uma aliada dos produtos eletrónicos
A embalagem condutora ou antiestática é um tipo de acondicionamento que reduz a carga estática total dos produtos eletrónicos especialmente sensíveis.
Os componentes eletrónicos requerem uma proteção extra para o seu envio ou armazenamento, pelo que é fundamental possuir sacos, caixas ou tabuleiros que desviem as cargas elétricas da superfície da embalagem. Uma embalagem condutora protege sempre contra as descargas elétricas e os campos eletrostáticos.
Até a mais pequena descarga eletrostática (ESD) pode dar lugar a defeitos e encurtar a vida útil dos componentes eletrónicos. Como tal, é aconselhável utilizar sempre embalagens ESD para produtos eletrónicos.
As descargas eletrostáticas danificam os componentes eletrónicos sensíveis e podem inclusive reduzir inadvertidamente a sua vida útil. Neste sentido, selecionar a embalagem errada pode ser um erro grave.
Na DS Smith Tecnicarton oferecemos uma ampla gama de proteção eficaz para componentes eletrónicos, de modo a que os destinatários recebam os seus objetos eletrónicos de forma segura. Além disso, as nossas embalagens ESD são muito eficazes para proteger as peças em toda a cadeia de produção: armazenamento, transporte, linha de montagem, etc.
Soluções de embalagens condutoras
- Tabuleiro de papelão condutor. Os tabuleiros são fabricados à medida das peças a transportar, de modo a que tenham um acondicionamento perfeito que evite quebras, riscos e movimentos desnecessários ao longo da cadeia de fornecimento. Neste sentido, disponibilizamos aos clientes diferentes espessuras e materiais de acordo com as suas necessidades. Todos possuem o aditivo Carbon Black que os torna adequados para conter, de forma segura, qualquer tipo de produto ESD.
- Tabuleiros em EPP (Polipropileno Expandido) condutores. Os tabuleiros em EPP possuem uma grande capacidade de absorção de impactos, sendo também muito leves e resistentes.
- Tabuleiros em PP (Polipropileno) condutores. São totalmente fabricados à medida para o transporte, armazenamento e abastecimento para linhas de montagem de peças. É uma alternativa às embalagens injetadas, dispensando a utilização de moldes para a sua produção. Possuem posicionadores e separadores fabricados em polipropileno condutor, concebidos para que possam incluir o máximo número de peças por embalagem, ir diretamente para a linha de montagem e serem integrados em programas “Lean”.
- Tabuleiros termomoldados dobráveis. Estes são empilháveis quando cheios e encaixáveis quando vazios para poupar o máximo de espaço possível.
- Embalagem de papelão acondicionada com espuma de polietileno expandido. Interiores concebidos à medida do produto, fabricados em diversos materiais condutores, de modo a garantir a proteção do seu produto contra choques, impactos e vibrações. São válidos para qualquer tipo de embalagem: caixa de papelão, estruturas metálicas, sacos, tabuleiros, etc.
- Tabuleiro de plástico acondicionado com espuma de polietileno expandido. Material de acondicionamento fabricado em espuma condutora para garantir a máxima proteção do produto contra choques, impactos e vibrações ocorridos ao longo da cadeia de fornecimento.
- Contamos também com diversos sacos de plástico de bolha, película, entre outros, condutores e blindados e com diferentes características e dimensões.
- Além disso, também trabalhamos com têxteis condutores, com os quais acondicionamos o interior dos tabuleiros e recipientes ESD.
Dispor de uma embalagem condutora garante sempre uma perfeita proteção das peças eletrónicas, o seu perfeito funcionamento e evita falhas devido à degradação.
Tipos e aplicações dos circuitos eletrônicos
Tipos e aplicações dos circuitos eletrônicos
Em Conceitos de eletricidade por Henrique Mattede
Dentre as diversas aplicações dos circuitos eletrônicos, temos algumas aplicações básicas, que utilizam circuitos eletrônicos no dia a dia. A seguir, teremos a apresentação do que são os circuitos eletrônicos, as classificações e exemplos de circuitos, vamos lá pessoal!
O que são os circuitos eletrônicos?
Entendemos por circuito como um trajeto fechado, sendo que o fim também é o começo. O circuito elétrico é um circuito fechado, com a ligação de diversos elementos, como por exemplo resistores, diodos, indutores, fontes, linhas de transmissão e interruptores, que permitem a passagem da corrente elétrica.
Leia também
Os circuitos eletrônicos representam um tipo de circuito elétrico, utilizando mais alguns componentes eletrônicos que realizam transformações nas grandezas elétricas, como por exemplo os diodos e transistores.
Imaginemos agora a luz de sua casa, certamente está conectada a uma fonte de energia elétrica em um circuito elétrico, podendo ser ligada ou desligada. O circuito eletrônico permite que você vá mais adiante, fazendo com que a corrente elétrica seja controlada, podendo realizar diversas funções, das mais simples como diminuir ou aumentar a luminosidade ou realizar a comunicação com satélites. É isso que diferencia os circuitos elétricos dos circuitos eletrônicos.
No sistema elétrico, a lâmpada encontra-se ligada diretamente à fonte de energia, não tendo nenhum equipamento eletrônico capaz de controla-la. No sistema eletrônico, a lâmpada encontra-se ligada em basicamente em um potenciômetro, que por sua vez possui a capacidade de regular a intensidade da luz, mas que na realidade o que controla as lâmpadas é um dimmer, através de um circuito eletrônico utilizando semicondutores.
Classificação dos circuitos eletrônicos
Os circuitos podem ser classificados mediante vários critérios, tais como comportamento energético, mecanismos de fabricação e o tipo de tensão que estão sujeitos, seja contínua ou alternada.
Tratando-se do comportamento energético, eles podem ser:
ATIVOS: circuitos eletrônicos que geram energia, tal como os dos geradores.
PASSIVOS: circuitos eletrônicos que absorvem energia, tais como os das resistências (gastam energia em forma de calor), das bobinas (guardam energia na forma de campo magnético) e dos condensadores (concentram energia em forma de campo elétrico).
Os circuitos eletrônicos possuem inúmeras funções por eles exercidas. Podemos destacar os circuitos retificadores, que distinguem sinais elétricos conforme a frequência, que basicamente transformam um corrente alterna em corrente contínua, por exemplo. Além disso também podemos citar como exemplo os circuitos amplificadores, que elevam a amplitude de um sinal.
Juntamente com o avanço da informática, também houve o avanço dos circuitos identificados como de comutação, como por exemplo os flip-flop e os circuitos lógicos. A contínua evolução dos materiais semicondutores tornou capaz a fabricação de componentes essenciais aos circuitos, dessa forma podemos citar tais componentes eletrônicos: diodos, transistores e pequenos módulos constituídos de muitos componentes eletrônicos.
As constantes evoluções trouxeram melhorias para a cidadania, uma vez que a utilização dos pequenos módulos é responsável pelo abatimento do preço de custo e do consumo de energia, trazendo ainda mais velocidade e exatidão, se tratando de sinais elétricos, que são transmitidos e armazenados.
Nos dias de hoje é possível incorporar vários transistores em superfícies mínimas, permitindo o processamento dos sinais (com amplitudes mínimas) em reprodução de imagens, informática, comunicação e outros. Entre os tipos de circuitos eletrônicos, ressaltamos os circuitos eletrônicos retificadores e os circuitos eletrônicos amplificadores que veremos a seguir.
Circuitos retificadores
Os circuitos eletrônicos retificadores são utilizados para converter corrente alternada em corrente contínua, sendo muito utilizados em fontes de aparelhos ligados diretamente na tomada, e também na energia fotovoltaica. A peça principal do circuito eletrônico retificador é o diodo. Um diodo é um componente eletrônico capaz de permitir que a corrente elétrica percorra somente um único sentido.
Para facilitar o entendimento, podemos comparar os diodos a uma válvula: a água só irá correr em um único sentido da tubulação, de forma que o diodo possui a mesma função, como podemos observar na imagem abaixo:
A seguir, temos um vídeo do canal Mundo da Elétrica, explicando com todos os detalhes o que é um diodo, para assim facilitar o entendimento em relação ao funcionamento dos circuitos que serão apresentados.
De acordo com as características do diodo, ele também é utilizado para retificar a tensão alternada de um circuito. O comportamento do diodo ideal com polarização direta é como uma chave fechada, com uma resistência muito baixa, tendendo a zero e com polarização reversa é como uma chave aberta, com uma resistência muito alta.
A imagem acima representa um circuito retificador de onda completa em ponte. Analisando primeiro o semiciclo positivo, o ponto A possui um potencial elétrico maior em relação ao potencial elétrico do ponto B, dessa forma os diodos D1 e D3 se encontram polarizados corretamente, ou seja, estão conduzindo, enquanto os diodos D2 e D4 se encontram polarizados inversamente, não conduzindo. Sendo assim, a corrente circula de A até B, passando pela carga RL, resultando apenas em uma tensão positiva na carga.
Analisando em seguida o semiciclo negativo, o potencial elétrico no ponto B é maior em relação ao potencial elétrico do ponto A, dessa forma os diodos D2 e D4 se encontram polarizados diretamente, enquanto os diodos D1 e D3 estão polarizados inversamente. Dessa forma, a corrente vai de B até A, passando por RL, resultando em tensões negativas na carga somente nos semiciclos negativos.
Circuitos amplificadores
Outro tipo de circuito eletrônico são os circuitos amplificadores, que são utilizados em transmissores, equipamentos digitas e receptores de rádio e televisão, por exemplo. Em termos gerais, o amplificador é um equipamento usado para controlar uma quantidade grande de energia. A associação entre entrada e saída de um amplificador opera em função da frequência de entrada, onde temos a função de transferência, à significância da função damos o nome de ganho.
Um exemplo simples de circuito amplificador é o alto-falante com microfone. Neste circuito, um alto-falante com baixa impedância é utilizado como microfone, para isso é necessário que haja pré-amplificação do sinal. O circuito que será apresentado pode excitar praticamente qualquer amplificador.
Um transistor PNP é utilizado para aumentar a impedância do sinal e a intensidade, permitindo a excitação do pré-amplificador. A alimentação é direta de uma bateria de 9V, consumindo corrente de 2mA. Por serem poucos componentes, a instalação pode ser feita numa pequena caixa.
Finalizamos mais um artigo e esperamos ter ajudado a esclarecer as dúvidas relacionadas aos tipos e aplicações de circuito elétricos. Caso tenha ficado alguma dúvida ou curiosidade sobre o assunto, deixe nos comentários que iremos responder!
Sobre o autor Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet. Veja a biografia completa
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