Por que não existem carros com freio totalmente eletrônico? – VistoriaPro
Porque a indústria ainda não conseguiu entregar a modularidade do sistema hidráulico em um pedal com controle eletrônico. Atualmente as fabricantes têm apostado em conjuntos híbridos, que misturam o acionamento elétrico e o circuito com fluido mantido em paralelo em caso de panes.
Essa tecnologia começou em carros híbridos e elétricos, que usam o motor elétrico para reduzir a velocidade na maioria das frenagens — os discos e tambores de freio são acionados apenas se o sensor no pedal indicar que o motorista deseja o máximo de desaceleração, como em emergências.
Essa transição da frenagem regenerativa para a convencional fez com que a montadoras e sistemistas investissem por anos na sensibilidade ideal do pedal. É importante que o motorista nunca perceba quando é o motor elétrico que está freando o carro ou quando são os discos (ou os dois ao mesmo tempo).
Também é preciso lidar com o receio do consumidor, que ainda não fica confortável em guiar um carro que não tem conexão mecânica dos freios junto ao pedal. Esse sistema e a direção são os únicos que ainda possuem ligações físicas em paralelo com controles eletrônicos.
Meio elétrico, meio hidráulico
No sistema híbrido uma interface eletrônica decide como será feita a redução de velocidade do carro — Foto: Divulgação
O avanço dos sistemas híbridos permitiu que eles começassem a ser adotados até mesmo em carros convencionais. No novo BMW M3, por exemplo, o acionamento hidráulico dos freios é feito normalmente por uma bomba elétrica, com o sistema convencional entrando em ação somente em caso de pane.
Isso permite ajustar eletronicamente a sensibilidade do pedal, deixando ele mais duro (ideal para uso em pistas fechadas) ou macio, que é o mais indicado para o dia a dia.
[Auto Esporte]
Hipper Freios – Disco de Freio
14/07/2021
Por Alexandre Alpha - Consultor Automotivo.
Os carros nacionais estão se tornando mais seguros. E estão atingindo um nível de maturidade em termos de segurança similar aos carros vendidos lá fora. E isso é muito bom! Os modelos produzidos aqui vêm acumulando itens obrigatórios de segurança que irão contribuir significativamente para um trânsito mais humano. É uma grande conquista, afinal bolsas de airbag, sistemas de freios ABS, sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e terceiro encosto de cabeça há pouco faziam parte apenas da lista de opcionais da grande maioria de modelos ou se limitavam a versões caras ou automóveis de luxo, e hoje são dispositivos de série. Mas dentre tantos importantes itens de segurança, um em particular terá um impacto significativo na redução do número de acidentes, e esse dispositivo chama-se Controle de Estabilidade.
O Controle de Estabilidade ou ESP é basicamente um software no módulo ABS que identifica uma condição crítica, bem específica, da iminência do veículo sair de sua trajetória, atuando de imediato para trazer novamente o carro para o percurso, evitando na grande maioria dos casos o risco de acidente. Mas para isso o sistema de freios ABS conta com a ajuda da eletrônica de modo a interagir com o sistema de direção do veículo, a fim de identificar a condição de derrapagem e assim poder atuar em uma das rodas traseiras, bloqueando sua rotação, e ocasionando o retorno do veículo a sua rota.
Eficiente e rápido o ESP agora passou a ser item obrigatório a partir desse ano. O que é uma excelente notícia! Pela legislação, todos os veículos novos fabricados no Brasil ou importados, devem contar com esse elemento de segurança como item de série de agora em diante. Por isso, os lançamentos mais recentes já contam com o dispositivo. Mas isso é válido apenas para os novos projetos, que utilizam plataformas mais atuais. Os demais modelos vendidos devem se enquadrar até 2022, ou não poderão mais ser vendidos.
Ou seja, em até mais dois anos, todos os modelos novos vendidos no Brasil terão controle de estabilidade. Isso quer dizer que o sistema de freios ganhará ainda mais evidência, afinal o ESP nada mais é que uma extensão tecnológica do funcionamento do freio convencional, contribuindo para a melhoria da condução e da segurança dos passageiros.
Nesse novo contexto fica muito claro que o sistema de freios sempre esteve presente na condução, e sempre será assim, só que de agora em diante de forma mais eficiente, inteligente e segura. Uma evolução primordial que está permitindo que mais pessoas tenham acesso a essa importante item de segurança! Até o próximo HIPPERDICAS!!
MAIS HIPPERDICAS:
- O ESP é basicamente um Software na central eletrônica do ABS;
- A atuação do ESP é específica em condições de derrapagens do veículo em caso com uma mudança brusca de faixa;
- De nada adiante ter o mais sofisticado ESP se as pastilhas, discos e pneus estão gastos.
Sistema ABS: conheça mais sobre essa tecnologia e peças envolvidas
Você provavelmente já ouviu falar no sistema ABS de freios. Ele é reconhecido por muitos especialistas como o que há de melhor em relação à frenagem de automóveis. Isso porque ele tem um funcionamento distinto de outras tecnologias semelhantes. Afinal, no que consiste esse modelo e quais são as peças envolvidas?
Como essas são questões muito importantes para quem tem um carro na garagem, preparamos este texto. Durante a leitura, você entenderá quais são as vantagens, o tempo de resposta, os cuidados necessários e assim por diante.
Aproveite o conteúdo até o fim para saber mais a respeito!
O que é o sistema ABS?
Em poucas palavras, ABS é uma sigla que significa “anti-lock braking system” ou “sistema de freios antitravamento”, em tradução livre do inglês. A função do sistema ABS é fazer justamente o que nome sugere: evitar que as rodas do veículo, durante uma frenagem de emergência, sofram um travamento.
Quando as rodas do veículo travam em uma frenagem, o automóvel precisa percorrer uma distância maior até parar. Portanto, esse é o maior objetivo dos freios ABS: ser um sistema que evita o travamento das rodas com o objetivo de reduzir, principalmente, a distância de frenagem. Se você gosta de ter o seu carro sempre em dia, tenha essas informações em mente.
Como funciona e qual é o tempo de resposta do sistema ABS?
Na prática, isso varia muito de um fabricante para outro. Contudo, podemos dizer que é um tempo de resposta bastante rápido: algo em torno de milésimos de segundos. De qualquer forma, é necessário perceber que o freio ABS tem uma parte física — sensores que salvam a leitura de rotação da roda — e uma parte eletrônica, capaz de processar a informação obtida nos sensores. Por conta disso, o tempo de processamento muda de acordo com programa eletrônico de cada fabricante.
Vale ressaltar que é um tempo de resposta ágil o suficiente para assegurar que a distância de parada seja menor, em virtude do não travamento dos pneus. Portanto, em relação à mecânica que há por trás do sistema, deve-se destacar 4 componentes básicos:
o controlador eletrônico, que monitora os sensores de velocidade;
as válvulas hidráulicas, que recebem o fluido;
os sensores de velocidade (1 por roda);
a bomba hidráulica com fluido.
Quais são as principais diferenças em relação ao sistema comum?
O sistema é basicamente o mesmo em todos os casos. Ou seja, de uma maneira geral, normalmente são utilizados sistemas de freio a disco nas rodas dianteiras e de freio a tambor nas rodas traseiras. No Brasil, essa é a configuração mais usual nos veículos. Existem, no entanto, variações nas quais são encontrados sistemas de freio a disco também nos eixos traseiros, o que não é muito comum.
O ABS é uma tecnologia adicional aos sistemas regulares e seu objetivo é detectar o travamento das rodas para evitar que ele ocorra. Sendo assim, a mecânica de freios em si acaba sendo a mesma para os veículos que estão equipados com ABS e para os que não estão. A princípio, o mecanismo de frenagem tem as mesmas configurações, condições e componentes.
É por conta desses aspectos que a qualidade das peças é tão relevante. Elas que acabam por determinar a durabilidade de funcionamento e a eficácia da frenagem, independentemente das tecnologias utilizadas. Para evitar complicações no futuro, opte por componentes que tenham excelência reconhecida pelo mercado. No momento de trocar a pastilha do freio, por exemplo, faça uma escolha cuidadosa.
Quais são as maiores vantagens do freio ABS?
Entre as principais vantagens do ABS, é interessante destacar que ele já é totalmente dimensionado e projetado para que o veículo tenha uma frenagem segura. Nesse contexto, o travamento ou não das rodas é muito dependente de vários fatores, como:
os pavimentos onde o automóvel trafega;
a condição dos pneus;
a conservação do próprio sistema de freios e de suas peças, como pastilhas, discos etc.
Saiba que a mínima condição segura de frenagem corresponde ao travamento das rodas dianteiras antes de as rodas traseiras travarem. Visto que é fundamental que as rodas traseiras não fiquem bloqueadas. Caso contrário, o veículo pode mudar de trajetória ou “patinar” na pista. Mesmo assim, quando as rodas dianteiras travam, não temos uma situação ideal de frenagem, porque é possível que o motorista perca a ação e o controle de trajetória do carro. Por isso, se essas rodas dianteiras estiverem travadas, não há resposta ao tentar virar o volante para a esquerda ou para a direita.
É por essas razões que o sistema ABS é tão vantajoso: uma vez que ele evita a paralisação total das rodas, há a redução da distância de frenagem do automóvel. Em situações emergenciais, a tecnologia pode ter um papel essencial no sentido de evitar um acidente.
Além disso, como as rodas não travam, quem está dirigindo consegue manter o controle necessário para conduzir o veículo em segurança. Desse modo, mais do que encurtar a distância, ele permite que o condutor faça manobras para desviar de algum obstáculo, por exemplo, o que contribui significativamente para a segurança da frenagem.
Esse tipo de freio exige cuidados especiais do motorista?
É imprescindível ter cuidado periódico e preventivo com o sistema de freios em geral. O fabricante do veículo sempre especifica um plano de manutenção para os automóveis. Em boa parte das vezes, ele acontece a cada 10 mil quilômetros rodados — essa quantia tende a variar bastante dependendo do fabricante. Nessas revisões, estes componentes dos freios quase sempre são verificados:
os desgastes das pastilhas e das lonas de freio;
a situação do nível de fluido;
o funcionamento do ABS;
entre outros.
O ABS, especificamente, não apresenta itens de desgaste. Contudo, como tem sensores nas rodas, módulo eletrônico e luz indicativa no painel, ele também precisa ser checado para garantir que todos os pontos estejam íntegros e funcionais.
Como vimos ao longo do texto, a tecnologia do sistema ABS permite ao veículo fazer uma frenagem com mais segurança. Ainda assim, é preciso ter atenção aos componentes regulares dos freios a fim de atingir o máximo de desempenho nesse quesito.
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