O que é o Controle Eletrônico de Estabilidade?
O controle eletrônico de estabilidade é um sistema projetado para aumentar a segurança do manuseio do veículo, integrando dados de várias fontes. O controle eletrônico de estabilidade evoluiu de sistemas de segurança, como freios antibloqueio, que foram implementados para evitar que os motoristas perdessem o controle de seus veículos. Embora os sistemas de controle eletrônico de estabilidade não sejam padrão em todos os veículos, eles estão cada vez mais aparecendo como uma opção em carros novos.
O controle eletrônico de estabilidade é um sistema controlado centralmente que monitora continuamente o manuseio de um carro. Os sensores controlam a aceleração, a velocidade individual do pneu, a posição do volante e as forças centrífugas que atuam no veículo durante a curva. Esses sensores detectam quando um driver pode estar perdendo o controle e implementam medidas para prevenir essa eventualidade. Os sistemas eletrônicos de controle de estabilidade podem aplicar pressão aos freios individuais e reduzir a rotação do motor para manter o controle do motorista de um veículo.
Três sistemas primários se combinam para formar o controle eletrônico de estabilidade. O primeiro é um sistema de freio antibloqueio tradicional, que monitora os freios do veículo para evitar travamentos. O segundo é um sistema de controle de tração, projetado para evitar que o motorista perca a tração. Isso é realizado por meio de frenagem selecionada e redução do excesso de potência do motor. O terceiro é um sistema de estabilidade de controle de guinada, que compara a direção em que o motorista pretende virar com a direção em que o carro está se movendo.
A Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias dos Estados Unidos estudou os sistemas eletrônicos de controle de estabilidade em 2004 e determinou que eles poderiam reduzir o risco de um acidente fatal com um único veículo em até 56%. Os acidentes com um único veículo costumam ser causados pela perda de controle de tração, o que resulta em uma derrapagem. Com sorte, o motorista acabará em uma vala. Se não tiver sorte, o motorista pode acabar na faixa errada do tráfego ou colidir com um objeto.
O controle eletrônico de estabilidade salva vidas e, quando tiver a oportunidade de comprar um carro com esse recurso, os motoristas devem aproveitá-lo. Especialmente no caso de veículos utilitários esportivos (SUVs), vans, caminhões grandes e outros automóveis grandes, o controle eletrônico de estabilidade é uma excelente ideia. Embora não evite todos os acidentes, o controle eletrônico de estabilidade ajudará a corrigir situações de direção potencialmente perigosas, incluindo perda de tração e sobreviragem.
Um carro equipado com controle eletrônico de estabilidade terá melhor desempenho, embora não seja capaz de compensar erros catastróficos do motorista, como excesso de velocidade. Especialmente em condições climáticas perigosas, como estradas com gelo, o sistema pode ser ativado de forma rápida e eficaz para preservar a segurança do motorista. O controle eletrônico de estabilidade auxilia em situações de frenagem, aceleração e curvas, geralmente de forma invisível.
Conheça em detalhes como funciona o Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC) dos caminhões DAF
Conheça em detalhes como funciona o Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC) dos caminhões DAF
Por Graziela Potenza em 23/09/2021 às 11:00 Compartilhar
Todos sabemos que a perda de estabilidade de um caminhão é muito perigosa e é uma das principais causas de acidentes, sobretudo, quando o assunto é veículos de carga.
A DAF passou a oferecer como opcional o sistema de Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC), tecnologia responsável por corrigir possíveis perdas de estabilidade do caminhão, evitando acidentes ou o efeito “L” da carreta, mais conhecido como “efeito canivete”.
Segundo Alekson Felicio, gerente de Planejamento de Produtos e Engenharia de Vendas da DAF Caminhões Brasil, em resumo o VSC é um sistema eletrônico de segurança que vai auxiliar o motorista a manter o veículo sempre na pista. “Ele é um sistema complexo por que além do seu próprio software faz também a leitura de vários outros sensores que equipam o veículo, como exemplo o ABS (sigla em inglês para Sistema de Freios Antitravamento) em um tempo bem rápido para fazer a correção no veículo, caso precise.”
Alekson Felicio, gerente de Planejamento de Produtos e Engenharia de Vendas da DAF Caminhões Brasil
Para se ter uma ideia, o sistema tem sensores que analisam a trajetória do veículo e os movimentos do volante. Se identificar alguma situação anormal, pode acionar os freios de cada roda até cortar o torque do motor. Por exemplo, o motorista entra em uma curva em alta velocidade. O controle eletrônico percebe a perda de aderência dos pneus e aciona os freios várias vezes, permitindo que o caminhão contorne a curva. Da mesma forma, em uma situação de pista molhada ou outro indicativo de que o veículo vai derrapar, o sistema reduz a rotação do motor e pode frear as rodas que estão deixando contato com o solo.
“A ação do Controle Eletrônico de Estabilidade acontece sempre em frações de segundo e o próprio condutor do veículo, muitas vezes, nem se dá conta do processo mesmo que continue pressionando o acelerador”, explica Alekson Felicio.
Só é possível identificar que o sistema está funcionado que a luz com o símbolo do sistema fica piscando no painel, sinalizando para o motorista que o sistema está em operação.
O Controle Eletrônico de Estabilidade consegue identificar se o movimento feito pelo motorista corresponde à direção real em que o veículo está se movendo. Se ele detecta que o condutor vira o volante para o lado contrário ao que o veículo está indo, entra em ação. Ele lê dados enviados por sensores que calculam a velocidade de cada uma das rodas independentemente e o ângulo do volante, bem como a inclinação do veículo e sua aceleração lateral.
O VSC pode ser utilizado em caminhões que atuam em todos os segmentos, no entanto, é ideal para o transporte de produtos perigosos, o de carga líquida ou carga que tenha um centro de gravidade mais alto, como exemplo o de bebidas.
Segundo Alekson Felicio, o VSC evita dois principais comportamento: instabilidade lateral e a instabilidade vertical. No caso de uma instabilidade lateral pode haver dois tipos comuns de derrapagens como consequência: frontal ou traseira. No primeiro caso, quando o veículo sai de frente, o sistema vai entender o comportamento do motorista e realizar uma leitura precisa do ângulo do volante e da velocidade do veículo, para acionar o freio em uma ou mais rodas, conforme necessário, de forma a retornar o veículo a sua trajetória original. O segundo é chamado efeito canivete (já mencionado acima), no qual o sistema irá dosar uma maior frenagem na carreta antes de distribuir a frenagem no caminhão e assim evitar o efeito.
A instabilidade vertical é para a carga com centro de gravidade mais elevada. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o motorista faz manobras rápidas demais. Então, ele atua no torque e na frenagem das rodas conforme a necessidade.
Para saber lidar com o VSC e as demais tecnologias, os motoristas, frotistas ou gestores de frotas, passam pela entrega técnica do veículo DAF. Nela, o condutor recebe treinamento e capacitação para usufruir do melhor desempenho do caminhão DAF.
“Ele é orientado sobre a melhor forma de conduzir e o que esperar do veículo com intuito de tirar o máximo de proveito dele. Geralmente, o cliente visa adaptar a entrega técnica conforme o cronograma do cliente. Temos ainda o Ecodrive Training que orienta cada motorista a ser mais eficiente na direção, proporciona maior rentabilidade na operação logística, aperfeiçoa o conhecimento das ferramentas do caminhão, orienta sobre os cuidados diários e a forma correta de condução, entre outros”, finaliza Alekson Felicio.
LATIN NCAP
Controle Eletrônico de Estabilidade + Moose Test
O ESC é o avanço mais significativo em segurança viária desde a introdução do cinto de segurança, sendo um dos sistemas mais importantes, atualmente disponível, que evita a perda do controle do automóvel. Esta tecnologia vem contribuindo para evitar centenas de milhares de acidentes por perda de controle; assim, vem salvando centenas de milhares de vidas. O ESC compara o movimento do volante do veículo com o sensor de posição do carro em toda hora. Se a qualquer momento detectar que a posição do volante não corresponde à posição ou direção do veículo, o ESC freia cada roda individualmente por frações de segundo até que o veículo esteja posicionado na mesma direção indicada pelo volante (motorista).
O sistema é avaliado realizando uma série de testes denominados "manobra evasiva com dupla mudança de pista", uma manobra na qual o veículo muda de pista em duas ocasiões. Para isso, o volante gira bruscamente uns 270 graus com o veículo a 80 km/h. São avaliados os deslocamentos laterais, a estabilidade e a capacidade do veículo de acompanhar um traçado reto. É utilizado para esse procedimento um robô que age com precisão sobre o veículo.
A manobra com o robô propõe uma dinâmica determinada pelo ângulo e velocidade do volante a uma velocidade definida. Em conjunto com isso, o Latin NCAP também avalia o sistema em uma situação real em que um estímulo visual (obstáculo) força o motorista a fazer uma manobra de emergência. Isso não pode ser feito por robôs de ESC, pois eles não podem "ver". Para avaliar o ESC em uma situação real de manobra, é realizado o "Moose Test" conhecido como "Teste do Alce", onde a uma determinada velocidade o motorista deve realizar uma manobra de evasão de um obstáculo entre certos limites. O procedimento do Teste do Alce propõe passar um obstáculo com uma manobra de emergência evasiva em velocidades crescentes até o veículo ficar instável, sem tocar nos limites da estrada.
Comments