Líder entre SUV´s, Renegade tem versão a diesel como "a cereja" da Jeep – Autos&Motos
Por Roberto Nunes
Sucesso de vendas desde o lançamento em 2015 no mercado brasileiro, o Renegade fechou 2019 no topo do segmento de SUV´s no país. Produzido junto com o Compass na fábrica da FCA em Goiana, Pernambuco, o Jeep Renegade tem realmente mais atributos ao ser comparado com rivais diretos como o Hyundai Creta, Nissan Kicks, Volkswagen T-Cross e o pioneiro e já sem fôlego Ford EcoSport.
De todos, é o único com a opção do motor a diesel (e isso faz uma grande diferença entre os utilitários). Desta forma, o Jeep Renegade (68.726 unidades) ganhou seu espaço e desbancou seus concorrentes (Hyundai Creta – 57.480 unidades – e Nissan Kicks – 56.060 unidades) ao longo do ano passado no país. É bem verdade que em 2018 a Jeep fez leves mudanças no visual e na parte interna com a adoção de um multimídia similar ao do irmão Compass. Por fora, o Renegade incorporou novas lanternas em LED a partir da versão Longitude. O modelo conta com motores 1.8 Flex e 2.0 Diesel, e tem preços entre R$ 89.990 e R$ 145.990.
AUTOS E MOTOS andou com a versão Trailhawk equipada com motor 2.0 turbodiesel, de 170 cavalos e 35,7 kgfm de torque, câmbio automático de 9 velocidades e tração 4×4. Esta é a configuração mecânica mais ajustada para o jipinho, que pode transitar bem nos engarrafamentos das grandes cidades como também nas trilhas inóspitas pelo Brasil afora.
De fato, o Renegade herdou o DNA Jeep, que ofereceu no ano passado uma série limitada Willys. No pacote de itens ofertados pela marca controlada pelo Grupo FCA, o utilitário exibe recheio de segurança, conforto e comodidade para motorista e demais passageiros. Seu conjunto mecânico é auxiliado pelo direção elétrica e há ainda freio de estacionamento elétrico. O Renegade 2020 tem sistemas de controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, controle eletrônico anti-capotamento e os obrigatórios freios ABS e airbag duplo.
O Renegade evoluiu mais internamente. A Jeep equipa seu veículo com alarme perimétrico de série e um novo pacote opcional. Batizado de Uconnect, o utilitário ganhou uma nova central multimídia de 7 polegadas com integração a Android Auto e Apple CarPlay, bem similar ao do irmão Compass. Além disso, o ar-condicionado é de duas zonas e o carro tem sensor de obstáculos traseiro. A central multimídia original tem tela de 5″.
A Jeep ajustou sua estratégia e oferece o Renegade como um SUV de dimensões compactas. Nas versões com motor flex, a fabricante inclui ar-condicionado, volante multifuncional, chave-canivete, rodas de liga leve de 17″ e pneus de uso misto, além de sistema Start&Stop, luze diurnas de LED e vidros elétricos nas quatro portas. Ainda fazem parte dos itens de série alarme, ajustes elétricos dos retrovisores externos, freio de estacionamento eletrônico, banco traseiro bi-partido e câmera de ré.
O Renegade Trailwawk é o mais equipado de todos e, entre os destaques, há controle eletrônico de velocidades em descida, ganchos de reboque (dois dianteiros e um traseiro), tapetes em borracha, rodas de liga leve de 17″ com pneus de uso misto, além do tão útil seletor para cinco tipos de terreno para o uso da tração 4×4 Jeep Active Drive Low. A suspensão off-road deixa o Jeep Renegade com maior altura em relação ao solo e há também estepe full size.
O modelo tem pegada de Jeep e vontade de Jeep em situação offroad. Quem anda em trilhas, das leves até as pesadas, pode com calma usar bem a capacidade do jipinho que possui bons ângulos no fora de estrada: 31,3° de entrada, 22,8° ou 33° de rampa.
Para dar maior opção, a Jeep oferece a versão Trailhakw na cor sólida Verde Recon Bicolor sem custo. Já as metálicas são Vermelho Tribal Bicolor, Preto Carbon Bicolor, Azul Jazz Bicolor, Cinza Antique Bicolor com o custo de R$ 1.650. Já a perolizada Branco Polar Bicolor tem custo extra de R$ 2.300.
O porta-malas ficou maior, mas tem a mesma dimensão do modelo anterior. Isso é explicado e justificado com 47 litros a mais por conta do uso de um estepe temporário ao invés do estepe full size, chegando a 320 litros.
Como funciona o sistema anticapotamento do novo Ford EcoSport
O novo Ford EcoSport traz vários avanços para o segmento de SUVs no aspecto de segurança. Entre outras novidades, ele conta com um sistema anticapotamento, que monitora a inclinação lateral e reduz o risco de acidentes. Chamado RSC (sigla em inglês para Roll Stability Control), esse recurso exclusivo complementa a ação dos controles eletrônicos de estabilidade e de tração, aumentando a precisão e a segurança na direção.
O controle eletrônico de estabilidade é um sistema que mantém o novo EcoSport sob controle em manobras bruscas e em condições adversas, corrigindo a sua trajetória. Já o sistema anticapotamento exclusivo da Ford conta com dois sensores que monitoram os ângulos de deriva e rolagem da carroceria do SUV em tempo real, realizando 100 medições por segundo. Por meio dos sensores, o sistema monitora a tendência de perda de contato das rodas com o solo e, se preciso, aplica os freios individualmente em cada uma delas, além de reduzir a potência do motor, para garantir o controle do utilitário esportivo compacto mesmo em manobras de emergência.
O controle eletrônico de estabilidade e tração do novo EcoSport com RSC é diferente de todos os demais sistemas existentes no mercado. Por ser baseado em leitura em tempo real e monitorar o ângulo de deriva e rolagem simultaneamente, ele oferece mais precisão e evita intervenções desnecessárias, aumentando a segurança sem tirar o prazer de dirigir.
Desenvolvido e calibrado pelo time de engenharia Ford, o sistema RSC gerou o registro de mais de 100 patentes pra marca e passou por inúmeros testes até chegar à sua configuração final de desempenho e robustez. Uma dessas provas incluiu a elevação do centro de gravidade do utilitário esportivo – com a colocação de pesos no teto – e rodagem em diferentes tipos de terreno para testar as condições de aderência do pneu com o solo.
Além dos controles de estabilidade e de tração com RSC, o assistente de partida em rampa e os freios ABS com auxílio de frenagem de emergência são outros equipamentos de série que contribuem para fazer do novo EcoSport um dos SUVs mais avançados em segurança ativa.
Em 2020, finalmente teremos ESP, mas não é para todos
Atualizado em 31 dez 2019, 08h00 - Publicado em 31 dez 2019, 07h00
Por Paulo Campo Grande Atualizado em 31 dez 2019, 08h00 - Publicado em 31 dez 2019, 07h00
O ano de 2020 será importante para os compradores de automóveis no que diz respeito à segurança porque, a partir de janeiro, haverá diversos equipamentos que se tornarão obrigatórios.
Como é praxe entre os fabricantes e os legisladores, a obrigatoriedade acontece em duas etapas: na primeira, ela é exigida apenas para os novos modelos e somente depois passa a valer para todos os carros.
Em 2020, portanto, haverá equipamentos que serão obrigatórios pela primeira vez e outros que já chegam na segunda etapa, em definitivo.
Entre os que entram pela primeira vez estão: controle eletrônico de estabilidade e aviso de cinto de segurança não afivelado.
Entre os que já eram obrigatórios para veículos novos e agora se tornam universais estão: sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes.
Controle eletrônico de estabilidade
Esse sistema é responsável por corrigir a trajetória do carro que começa a ficar desgovernado freando as rodas de forma seletiva e independente.
Seu nome varia entre os fabricantes. O mais popular é ESP. Mas ele também atende por ESC, VSC, VSA, AFU etc. Em gera, vem acompanhado de outros sistemas como controle de tração e auxiliar de partida em rampa.
O ESP entra agora nos carros novos e se torna obrigatórios para todos modelos a partir de 2022.
Alerta para cintos de segurança não afivelados
O uso do cinto de segurança é obrigatório e todos deveriam estar atentos a isso. Mas como o seguro morreu de velho, o sistema de alerta é sempre bem-vindo.
Estima-se que os cintos de segurança reduzam em até cinco vez o risco de morte em um acidente, além de atenuar em até 80% a gravidade dos ferimentos.
Esse dispositivo se torna obrigatório agora e vira universal a partir de 2021.
No grupo de equipamentos que já era exigido nos lançamentos e se tornam necessários em todos os modelos a partir de 2020, estão: sistema de fixação de cadeirinhas Isofix e cintos de três pontos e encosto de cabeça,
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Isofix
O sistema para instalação de cadeirinhas de bebês que consiste em ganchos de fixação soldados à carroceria foi incorporado aos veículos novos em 2018 e agora vira obrigatório para todos os modelos.
A determinação é de que o equipamento deve existir em pelo menos um dos assentos do veículo.
Cintos de três pontos e encosto de cabeça no banco traseiro
Esses equipamentos seguem o mesmo cronograma do sistema Isofix, se tornando obrigatórios para todos os ocupantes de todos os veículos a partir deste ano.
O cinto de três pontos é um importante elemento de retenção das pessoas em caso de acidente. De acordo com uma pesquisa norte-americana, o cinto de três pontos reduz as fatalidades em 58%, contra 48% do cinto convencional de dois pontos.
O encosto de cabeça tem vital importância na proteção do pescoço e da coluna cervical das pessoas em caso de colisão traseira, evitando o chamado efeito chicote.
Outros dispostivos
Outros dispositivos estão em estudo no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como sistema autônomo de frenagem de emergência e alerta de mudança involuntária de faixa. Mas, sem definições até o momento.
Dentro do programa da indústria Rota 2030, porém, a Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, divulgou um calendário para a chegada de novas tecnologias de segurança.
Segundo a entidade, além dos equipamentos que chegam este ano, haverá mais novidades para os próximos.
Entre as que serão introduzidas em 2021 e se tornarão obrigatórias para todos os veículos, a partir de 2023, há: faróis diurnos, indicadores de direção laterais e luz indicadora de frenagem de emergência.
Todo progresso em segurança é sempre muito bem-vindo. Mas esse avanço que a indústria brasileira fará em 2020 ainda vai deixar os carros produzidos no país muito distantes dos padrões de segurança de outros países.
Uma prova dessa defasagem é que apesar das melhorias as fábricas terão dificuldades para atender os novos protocolos introduzidos pela LatinNCap a partir de dezembro de 2019.
A partir dessa data, a LatinNCap, uma entidade independente que realiza ensaios de colisão com os veículos, determina obrigatoriedade de ESP para todos os veículos, por exemplo.
O ESP que chega agora apenas nos veículos novos se tornou um recurso comum há seis anos, na Europa.
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