Componentes SMD: conheça a evolução dos circuitos eletrônicos Publicado por em
Componentes SMD – a expressão Surface Mount Device pode até nos enganar, mas saiba que de complicados esses equipamentos nada tem. A sigla, que em tradução significa Equipamento de Montagem na Superfície, representa a evolução dos circuitos eletrônicos e da maneira pela qual eles são montados.
Um componente SMD, também conhecido como microcomponente, é nada mais que a versão miniaturizada das peças que já são muito conhecidas por nós: capacitores, resistores, indutores, microchips, transistores e muitos outros.
A diferença, porém, não se limita ao tamanho: a tecnologia empregada em um SMD é superior à empregada nos modelos maiores tradicionais – e é por isso que a expressão “evolução dos circuitos eletrônicos” descreve muito bem as peças que se enquadram nessa categoria.
Deseja saber mais sobre os componentes de superfície, quais são e como eles podem ser aplicados no universo da eletrônica? Então acompanhe a leitura deste post especialmente dedicado ao assunto:
SMD x THT/PHT: qual a diferença?
Como você já sabe, o sistema de montagem na superfície representa o avanço tecnológico em relação ao seu antecessor, o chamado PHT ou THT (Through Hole Technology, ou Tecnologia Através do Furo). Mas, afinal, o que de fato muda?
As diferenças principais são duas:
Tamanho: Os dispositivos SMD são cerca de 4 a 5 vezes menores que os PHT. Isso significa economia de espaço na placa de circuito, no tamanho dos equipamentos e também no uso de materiais, o que beneficia tanto o fabricante quanto o usuário final;
Lugar e método de soldagem: Como os próprios nomes sugerem, a diferença primordial entre microcomponentes e componentes comuns é a maneira na qual eles são fixadas na PCI (Placa de Circuito Impresso) – na superfície da placa ou em furos feitos nela.
Esse é o verdadeiro motivo de distinção entre os dois elementos: nos dispositivos SMD, existe apenas um plano de montagem, o superficial, enquanto que nos PHT, a montagem acontecem tanto em cima quanto embaixo da placa. Isso, por si só, já coloca os componentes de superfície em vantagem em relação aos outros modelos.
Vantagens (e desvantagens) dos microcomponentes
Toda evolução é naturalmente acompanhada por melhorias que proporcionam mais vantagens em relação aos modelos anteriores. Com os componentes SMDs não poderia ser diferente: ao optar pelo uso desse tipo de equipamento em PCIs, o fabricante pode usufruir de uma série de benefícios, dentre os quais:
A montagem de dispositivos SMD é mais simples em comparação aos PHT;
Graças ao tamanho reduzido, é possível otimizar os espaços da PCI, com a montagem de um número maior de componentes em uma área menor da placa;
O preparo das placas para montagem de superfície é facilitado, se comparado aos tradicionais, que necessitam de ilhas metalizadas;
Os SMDs são mais resistentes a impactos, vibrações e choques mecânicos;
Como já dito, há a redução de custos de fabricação e montagem;
É possível fixar dispositivos SMD em ambos os lados da placa de circuito impresso.
Por outro lado, também existem algumas desvantagens – por menores que sejam – que precisam ser entendidas, para que você possa tomar a melhor decisão no momento em que precisar optar entre os tipos de componentes. Algumas delas são:
A manutenção pode ser mais complicada, dependendo do arranjo e do tipo de componente que integra o circuito;
O projeto para a construção da placa de circuito para SMDs é relativamente mais complexo, uma vez que os espaços precisam ser melhor planejados;
Por ter uma área de superfície menor, a dissipação da energia térmica gerada pelos dispositivos de superfície é menos eficiente, se comparada aos PHT;
Não existe uma padronização rígida na fabricação entre os diferentes modelos de SMD.
Quais são e como identificar um SMD?
Por se tratar de uma tecnologia empregada para a redução do tamanho e aumento da eficiência de componentes eletrônicos, em teoria, qualquer dispositivo pode ser transformado de PHT para SMD – basta, para isso, fazer as adaptações necessárias.
Alguns componentes já são, por natureza, miniaturizados, o que dispensa a necessidade do processo que os tornasse ainda menor. No entanto, é possível adaptá-los para que a soldagem aconteça na superfície da PCI.
Isso significa, basicamente, que existe uma infinidade de dispositivos SMD – tantos quanto os modelos tradicionais – sendo os principais:
Resistores;
Capacitores;
Diodos;
Indutores;
Microcontroladores;
Transistores;
LEDs;
Muito mais!
Aliás, aqui no blog já nos dedicamos a falar de cada um desses dispositivos – aproveite para saber mais sobre cada um deles. Para começar, que tal aprender sobre os tipos de capacitores e para quê eles servem? Confira!
Voltando aos SMDs, eles podem ser classificados por meio de uma sequência numérica de 4 dígitos, responsáveis por identificá-los com base em seu tamanho. A medida é a polegada, sendo os dois primeiros números referentes ao comprimento e os dois últimos, à largura.
Por exemplo: Um resistor SMD com a inscrição 0402 mede 0,04” (4 centésimos de polegada) de comprimento e 0,02” (2 centésimos de polegada) de largura. Da mesma forma, um componente 1802 mede 0,18” de comprimento e 0,02” de largura.
A nomenclatura é relativamente simples e permite que você saiba exatamente as medidas do dispositivo, o que facilita a estruturação do layout da PCI. Sobre as aplicações dos SMDs, nada muda em relação aos PHTs: a principal aplicação desses componentes é em circuitos eletrônicos dos mais diversos tipos.
O que achou do nosso conteúdo da semana? Para saber mais sobre o universo da eletroeletrônica, acompanhe nossas atualizações aqui no blog – por aqui tem novidade sempre! Não se esqueça também de acompanhar a Mult Comercial nas redes sociais e não perca nenhuma notificação.
Te aguardamos na próxima jornada pelo mundo da elétrica, até mais!
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