3 alternativas para testar componentes na placa
Quanto mais mexemos na placa eletrônica, menores são as chances de sucesso de reparo. Toda vez que dessoldamos ou soldamos componentes, estragamos um pouco mais trilhas e ilhas da superfície, até o ponto que torna o reparo impossível.
Hoje esse problema é mais grave com os componentes SMD e BGA e com PCIs (placas de circuito impresso) cada vez mais delicadas. Mesmo tomando todos os cuidados possíveis podemos causar danos às vezes irreparáveis à placa.
Por isso é fundamental evitarmos a retirada e recolocação excessiva de componentes para testá-los fora, e, para tanto é importante conseguir testar os componentes na própria placa (teste in circuit).
Testar um componente na placa é um grande problema, visto que ele nunca está isolado. Quando testamos um componente na verdade estamos testando-o junto com outros componentes ligados nele.
Observe na figura a seguir que um resistor fora da placa mede 1K ohms. Uma vez colocado na placa, entretanto, ele passa a ter um valor de 500 ohms em seus terminais.
Atualmente existem três métodos de medir componentes na placa:
Multímetro (na escala de resistência ou diodo)
Teste Funcional
Localizadores de Defeito (Curva VI).
O Multímetro mede o valor da impedância do circuito. Comparando o valor medido com a especificação do fabricante podemos saber se o componente está com defeito. É um método simples e eficiente para medir circuitos com o mesmo tipo de componente, mas quando o circuito mistura resistores, diodos e capacitores o valor medido se torna inútil além de muito instável.
Teste Funcional é quando fazemos o teste com a placa ligada medindo tensão, corrente, forma de onda, etc. Através da análise dessas medidas descobrimos o que está de errado no circuito. Os principais instrumentos para esse teste são o Osciloscópio e o Multímetro (na escala de tensão ou corrente). É um teste muito eficiente, mas exige um grande conhecimento do circuito, além de grande experiência do técnico.
Localizadores de Defeito por curvas VI é o método mais eficiente de medir componentes na PCI, e se baseia na comparação das curvas VI da PCI com defeito com as curvas de uma PCI boa, sendo que uma diferença entre as curvas indica o defeito. Curvas VI é uma forma gráfica de medir impedância, medindo de uma só vez resistência, capacitância, indutância e diodo. Diferente do multímetro as suas medidas são muito estáveis e reprodutivas que permite que armazenemos as curvas da placa boa para uso posterior.
Créditos: VeRSis
Smd Code – Software para identificar componentes em SMD no Celular
Se você prefere aplicativos para telefones celulares, aqui está um bem útil, ele e um Codebook para componentes SMD. Esse livro de códigos SMD tem uma tabelas bem completa para identificar componentes eletrônicos SMD. Ele é uma ferramenta de consulta tanto para campo quanto para bancada. Está disponível para celulares com sistema operacional Android.
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Como Identificar Componentes Falsificados
Aprenda as técnicas usadas no combate aos Componentes Eletrônicos Falsificados e entenda um pouco mais sobre a importância do tema.
A cadeia de suprimentos eletrônicos tem como uma de suas diversas funções, a vigilância constante referente à qualidade e legitimidade dos componentes oferecidos. Não há dúvidas que falsificações ameaçam o crescimento econômico da indústria, alem de provocar o retrocesso da capacidade de inovação genuína. Falsificações ainda ameaçam o consumidor pois não há cumprimento de regulações ambientais, sanitárias ou de segurança.
Agora que estamos cientes da ameaça de componentes falsificados e reconhecendo que a falsificação é um problema antigo, com a capacidade de crescer em magnitude e alcance se não estivermos vigilantes, vamos aprender sobre os processos atuais de identificação de falsificações.
Temos também de citar a necessidade de profissionais especializados na identificação de falsificações, tornando este tema mais profundo e de alta relevância profissional.
Para minimizar riscos, perdas e muita dor de cabeça, entenda como proteger sua cadeia de suprimentos identificando componentes falsificados.
1) Discrepâncias de dimensionamento
Medir a altura, comprimento e largura do componente e compará-los com as especificações do fabricante pode dar uma indicação de que a peça é genuína. A boa e velha “olhada” sempre será útil, qualquer característica que chame a atenção deve ser levada em consideração.
Fabricantes frequentemente atualizam suas linhas de produtos e modelos cores e embalagens podem mudar, busque informações sobre os produtos no site do fabricante ou entrando em contato com seu fornecedor. Na Fornell, é muito comum enviarmos datasheets(como este), fotos ou manuais no auxilio dos nossos clientes na validação de componentes.
2) Checagem de Componentes Remarcados
Remarcar componentes ou “carimbar” são técnicas usadas pelos falsificadores, que envolve uma fina camada de material para cobrir os números e detalhes das peças originais. Isso é então reimpresso com marcações falsas, a fim de apresentar propositadamente a peça como algo que não é. Indiscutivelmente, a remarcação é uma das técnicas mais comuns usadas pelos falsificadores. Obviamente, isso é motivo de preocupação, pois a peça que você recebe pode ser completamente diferente da peça que você pediu.
Em alguns casos, ocorre a remoção parcial da impressão original para alterações de modelo ou data de fabricação. Pode-se também encontrar componentes onde se removeu toda a impressão original e uma segunda impressão é feita, assim, um componente original mas de modelo e valor inferior é impresso como um de valor elevado.
Então, como você testa a marca de autenticidade? Um teste comum é usar uma lavagem com acetona aplicada à superfície de um componente, ajudando a remover impressões falsas ou revelar os restos de marcas anteriores.
3) Inspeção de raio X
A inspeção por raios X é uma técnica para examinar o funcionamento interno do componente. O raio X pode ser usado para mostrar evidências de falsificação, realçando a matriz, as ligações de arame e quaisquer possíveis sinais de delaminação. Por que isso é importante? Bem, examinando os componentes internos e compara-los às especificações do fabricante ou imagens controladas de peças autênticas, você poderá determinar se a peça é genuína.
4) Teste elétrico
A realização de testes elétricos em componentes suspeitos pode fornecer uma ideia melhor se a peça é genuína ou não, comparando os resultados com as tolerâncias registradas pelo fabricante. Se os resultados forem significativamente diferentes das especificações do setor, será necessária uma investigação mais aprofundada.
5) Decapagem
Se as outras verificações mencionadas acima não forem conclusivas, ou se você ainda tiver preocupações com a autenticidade de uma peça, pode ser necessário realizar a decapagem ou a remoção de um componente da amostra.
Existem várias técnicas para realizar esse processo, geralmente envolvendo uma solução ácida, o que torna o processo destrutivo. No entanto, uma vez concluído esse processo, você pode ver o funcionamento interno de uma peça usando um microscópio de alta potência para inspecionar visualmente e verificar fatores como:
marcações do fabricante
defeitos de fabricação
esquema interno condizente
os números de peça são precisos e autênticos.
A identificação de componentes falsificados pode ser difícil, pois pode haver mais de um motivo para os componentes falharem nos testes individuais. Os fabricantes de componentes eram conhecidos no passado por cometer erros de produção e depois observar os próprios componentes. Portanto, nem tudo o que parece suspeito é necessariamente um dispositivo falsificado.
No entanto, usando testes de detecção para examinar os componentes recebidos, você tem uma chance muito maior de minimizar o risco de dispositivos suspeitos entrarem em sua cadeia de suprimentos.
Nós da Fornell contamos com parceiros de confiança, fabricantes líderes e nos mantemos vigilantes para que você como cliente, seja usuário final ou representante de industria, tenha confiança de que, quando retirar o produto da caixa ou instalá-lo junto ao equipamento, ele funcionará pela primeira vez, sem erros.
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